O painel 4 do X ENAPORT foi sobre a sustentabilidade nas atividades portuárias. Reuniram-se: Rafaela Gomes, diretora de Sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos; Beatriz Galotti, da ABEPH; Cláudio Loureiro, da CENTRONAVE; Elisabete Orifice, da Brasil Terminal Portuário; e Watson Valamiel, conselheiro de Administração da Fenop e mediador do painel.
A fala que abriu os debates foi de Rafaela Gomes, do MPOR. Ela destacou os principais objetivos do Ministério sobre o tema:
- Estimular o setor privado a adotar práticas sustentáveis robustas;
- Fortalecer a parceria entre o setor público e privado
- Ampliar o alcance das ações sustentáveis por meio de colaborações com outros órgãos do governo e da sociedade civil;
- Criar uma rede colaborativa para troca de experiências, boas práticas e lições aprendidas
Dentre as ações citadas por Rafaela, a principal é o Pacto pela Sustentabilidade. O programa vai engajar empresas dos setores portuários e aeroportuários. Como premiação, as empresas se beneficiarão com prioridade em processos administrativos com a União, selo de sustentabilidade e destaque durante a COP 30 que ocorrerá ainda este ano.
Na sequência, Beatriz Galotti, consultora da ABEPH, demonstrou preocupação com o avanço das crises climáticas no Brasil. Situação que afeta diretamente as atividades dos portos. “Os impactos das crises ecológicas são profundos — especialmente quando consideramos a alta demanda por manutenção, os elevados custos operacionais e a capacidade estrutural reduzida de muitos portos”, afirmou.
Apesar dos desafios, os compromissos estatais e privados seguem tendências adaptativas e de desenvolvimento sustentável: “Felizmente, para cada vulnerabilidade climática que conseguimos identificar, existe também uma oportunidade de adaptação — seja por meio de medidas estruturais ou não estruturais”.
Regulamentação marítima internacional foi o destaque da fala de Cláudio Loureiro. Segundo o diretor executivo da CENTRONAVE, existe um programa mundial que tem como objetivo regrar as operações marítimas no que tange às questões climáticas.
“Essa regulamentação, liderada pela Organização Marítima Internacional (IMO), envolve a criação de metas obrigatórias, sistemas de precificação de carbono e a formação de um fundo internacional. É um passo histórico para o setor”, afirmou Loureiro.
Finalizando o painel, apresentou-se Elisabete Orifice. Para a gerente de Sustentabilidade, o setor portuário ainda precisa diagnosticar seus problemas e impactos negativos para efetivamente melhorar suas políticas de minimização de impacto. Além de analisar criticamente a posição de cada empresa no meio ambiente, é preciso valorizar desde as pequenas às grandes ações que mitigam os efeitos negativos.
“Nenhuma ação é pequena demais. Quando cada porto olha para dentro, avalia suas vulnerabilidades e planeja com inteligência, criamos uma rede de resiliência climática nacional”, destacou. E completou: “Estamos lidando com problemas sérios, mas também com oportunidades de inovação, eficiência e proteção das nossas pessoas”.
Veja as todas as fotos do PAINEL 4 em nosso FLICKR: https://www.flickr.com/photos/fenop/albums/72177720326712919
Assessoria de comunicação FENOP